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BEM VINDO!

"O passado está além de qualquer mudança;



O presente está escorregando de nossas mãos;



mas o futuro é nosso, para moldá-lo ao nosso deseja.



Eis como faço novas todas as coisas."







Max Freedom Long







ALOHA!



domingo, 17 de janeiro de 2010

SEJA O CISNE

Talvez o maior desafio da vida moderna seja
sermos nós mesmos em um mundo
que insiste em modelar nosso jeito de ser.
Querem que deixemos de ser como
somos e passemos a ser o que os outros
esperam que sejamos.
Aliás, a própria palavra "pessoa" já é um convite
para que você deixe de ser você.
"Pessoa" vem de "Persona",
que significa "máscara".
É isso mesmo:

coloque a máscara e vá para o trabalho.
Ou vá para a vida com a sua máscara.
Talvez o sentido do elogio:
"Fulano é uma boa pessoa",
signifique na verdade:
"Ele sabe usar muito bem a sua máscara social".
Mas qual o preço de ser bem adaptado?
O número de depressivos, alcoólatras e suicidas aumenta
assustadoramente.
Doenças de fundo psicológico como síndrome do pânico e síndrome do
lazer
não param de surgir.
Dizer-se estressado virou lugar-comum
nas conversas entre amigos e familiares.
Esse é o preço.

Mas pior que isso é a terrível sensação
de inadequação que parece perseguir a maioria
das pessoas.
Aquele sentimento cristalino de que não estamos vivendo de acordo
com a
nossa vocação.
E qual o grande modelo da sociedade moderna?
Querer ser o que a maioria finge que é.
Querer viver fazendo o que a maioria faz.
É essa a cruel angústia do nosso tempo:
o medo de ser ultrapassado em
uma corrida que define quem é melhor,
baseada em parâmetros que,
no final da pista,
não levam as pessoas a serem felizes.

Quanta gente nós não conhecemos,
que vive correndo atrás de metas sem
conseguir olhar para dentro da sua alma e se
perguntar onde exatamente deseja chegar ao
final da corrida?
A maior parte das terapias prega que as pessoas
não olham para dentro de si
com medo de encontrar a sua sombra.
Porém, na verdade,
elas não olham para dentro de si por medo
de encontrar sua beleza e sua luz.
O que assusta é o receio de se deparar
com a sua alegria de viver,
e ser forçado a deixar para
trás um trabalho sem alegria.
Mas sejamos francos:

para quê manter um trabalho sem alegria?
Só para atender às aspirações da sociedade?

Basta voltar os olhos para o passado para ver as represálias
sofridas
por quem ousou sair
dos trilhos,
e, mais que isso,
despertou nas pessoas o desejo de serem
elas mesmas.
Veja o que aconteceu a John Lennon,
Abraham Lincoln, Martin Luther King,
Isaac Rabin?
É muito perigoso não ser adaptado!

Essa mesma sociedade que nos engessa com
suas regras de conduta,
luta intensamente para fazer da educação
um processo de produção em massa.
Porque as pessoas que vivem como máquinas
não questionam a própria sociedade.
A maioria das nossas escolas trabalha para formar estudantes
capazes de
passar no vestibular.
São poucos os educadores que se
perguntam se estão formando pessoas para
assumirem a sua vocação e a sua
forma de ser.

As escolas de música ensinam com os mesmos
métodos as mesmas músicas.
Quase todas querem formar covers de Mozart
ou covers dos Beatles.
É raro um professor com voz dissonante
que diga para seus alunos:
"Aqui você vai aprender idéias,
para liberar o músico que existe dentro de você".
Os MBA's, tão na moda,
na sua maioria, usam os mesmos livros,
dão as mesmas aulas,
com o objetivo não explicitado de formar
covers do Jack Welch ou do Bill Gates.
O que poucos sabem é que nenhum dos
dois fez MBA.

Bill Gates, muito ao contrário disso,
abandonou a idolatrada Harvard para criar
uma empresa na garagem,
que se transformou na poderosa Microsoft.
Os MBA's são importantes para que o aluno aprenda alguns
instrumentos de
administração.
Mas alguém tem de dizer ao estudante:
"Utilize essas ferramentas para implementar
suas idéias,
para ser intensamente você".


Quantos casos de genialidade que foram excluídos das escolas porque
estavam além do que o sistema de educação poderia suportar.
Conta-se que um professor de Albert Einstein
chamou seu pai para dizer que o filho
nunca daria para nada,
porque não conseguia se adaptar.
Os Beatles foram recusados pela gravadora Deca!
O livro foi recusado por 13 editoras!

Caetano Veloso foi vaiado quando apareceu com a sua música
"Alegria,
Alegria!".
O projeto da Disney Word foi recusado
por 67 bancos!
Os gerentes diziam que a idéia de cobrar um
único ingresso na entrada do parque não
daria lucros.
O genial Steven Spielberg foi expulso de duas
escolas de cinema antes de começar
a fazer seus filmes,
provavelmente porque não se encaixava nos
padrões comportamentais e técnicos que a
escola exigia que ele seguisse.
Só há pouco tempo é que ele ganhou um título de "honoris causa"
de uma faculdade de cinema.
E recebeu o titulo pela mesma razão que foi
expulso anteriormente:
ter assumido o risco de ser diferente,
por não ceder à padronização que faz com que
as pessoas pareçam seres saídos de linhas
de montagem.


A lista de pessoas que precisaram passar por cima
da rejeição porque não se adaptavam ao
esquema pré-existente é infinita.
A sociedade nos catequiza para que sejamos
mais uma peça na engrenagem
e quem não se moldar para ocupar o espaço
que lhe cabe será impiedosamente criticado.
Os próprios departamentos de treinamento
da maioria das empresas fazem isso.
Não percebem que treinamento é coisa
para cachorros,
macacos, elefantes.
Seres humanos não deveriam ser treinados,
e sim estimulados a dar o melhor
de si em tudo o que fazem.


Resultado:

a maioria das pessoas se sente o patinho feio
e imagina que todo o mundo se sente o cisne.
Triste ilusão:
quase todo mundo se sente um patinho
feio também.
Ainda há tempo!
Nunca é tarde para se descobrir único.
Nunca é tarde para descobrir que não existe nem
nunca existirá ninguém igual a você.
E ao invés de se tornar mais um patinho,
escolha assumir sua condição
inalienável de cisne!

TEXTO: Roberto Shinyashiki

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